segunda-feira, 18 de abril de 2011

Parábola do Urso Faminto

Há bons anos atrás recebi essa mensagem de uma amiga muito querida. Estava num momento difícil e ela escreveu:

"Não merecemos sofrer. Procurar o sofrimento (ainda que inconscientemente) é a pior atitude que podemos tomar."

E me mandou a Parábola do Urso Faminto que transcrevo aqui. Vale muito a reflexão.

"Certa vez um urso faminto perambulava pela floresta em busca de alimento. A época era de escassez, porém seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida e o conduziu a um acampamento de caçadores. Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento estava vazio, foi até a fogueira ardendo em brasas e dela tirou uma panela de comida, abraçou-a com toda a sua força e enfiou a cabeça dentro, devorando tudo.

Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo. Na verdade, era o calor da panela: ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a panela encostava.

O urso nunca havia experimentado aquela sensação. Então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida.

Começou a urrar alto. E, quanto mais alto rugia, mais apertava a panela quente contra seu imenso corpo. Quanto mais a tina quente lhe queimava, mais ele a apertava e mais alto ainda rugia.

Quando os caçadores voltaram, encontraram o urso recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a panela. O urso tinha tantas queimaduras pelo corpo que a panela colou nele. E, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo."


O texto continuava assim:

"Quando terminei de ouvir esta história, percebi que, em nossa vida, por muitas vezes abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes. Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e por dentro, e mesmo assim, ainda as julgamos importantes e queremos perto. Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca numa situação de sofrimento, de desespero. Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto protegemos, acreditamos, lutamos e defendemos.

Tem horas que é necessário reconhecer, que nem sempre o que parece salvação vai nos dar condições de prosseguir.

Solte a panela."


Essa parábola me ajudou a levantar e "soltar a panela". E continua ajudando. Sempre me lembro dela porque por vezes me agarro a panelas (custo a soltar, mas solto). Difícil é ver as pessoas que amo também agarradas a uma e não ter poder de fazê-las enxergar e soltar. Resta me contentar que é saudável não ter esse poder (é estar livre do auto arbítrio). E deixar a parábola aqui para que pelo menos eu nunca me esqueça.

domingo, 3 de abril de 2011

VMWare Fusion: maravilhoso!

Bem, gente. Aqui vai a descrição de mais uma "peleja". Peleja porque eu sou do tipo que adora os brinquedinhos tecnológicos, mas os danadinhos dão trabalho para que consigamos deixá-los "no jeito".
Em Janeiro passado fiquei umas noites para:
  • Reinstalar o MacOs em português no meu MacBook criando mais de uma partição (com Bootcamp);
  • Conseguir instalar o Windows 7 em uma partição (também através do Bootcamp);
  • Rodar infinitos patches da própria Apple para o Windows em MacBook e da Microsoft, é claro, para o Windows. 
Mas o objetivo era instalar o VMWare Fusion. Gente, a VMWare já me encantou com os vários recursos "Enterprise" como o VMotion. E o VMWare Fusion é show demais também. Ele só serve para Macs, e como o próprio nome indica, tem um recurso chamado Unity que permite-nos rodar o MacOs e o Windows ao mesmo tempo, "fundidos" num só! Ele reconhece o Windows instalado na outra partição e a vê como uma VM. Como ele funde, não me perguntem. Mas que funciona, funciona! E você compartilha documentos instalados no Mac e no Windows. E depois ainda instalei mais uma VM com o Ubuntu. Só que com Ubuntu, o Fusion não funde com os demais não. Mas convenhamos, Mac e Windows juntos já é um milagre.

Fato é que agora transito feliz e já super acostumada aos três mundos: MacOs, Windows 7 e Ubuntu, e uso cada um de acordo com minha necessidade.

Os "religiosos por uma tecnologia" que me perdoem, mas eu uso os três mesmo. Fui criada aí no mundo Unix e sou fã da sua robustez. A Apple com seu MacOs também me encanta a cada dia com seus produtos, funcionalidades e possibilidades - e tem sido realmente o que mais uso. E o Windows, por mais que os Mac e Linux maníacos critiquem, é o campeão da universalidade. Ainda tem muita coisa que só roda em Windows. Além disso, como gerente de infraestrutura, acho excelente tudo debaixo do guarda-chuva do Active Directory com suas OUs e Policies.

Então pessoal, feliz sou eu que me viro super bem nos três sistemas operacionais! "Religiosa" agora só ando com a VMWare, por ter criado esse produto tão maravilhoso: o VMWare Fusion.

Obs relevante: Essa brincadeirinha de "Fusion" só funciona com 4GB de RAM no seu Mac. Menos que isso, é perda de tempo. O Windows não roda. Ponto negativo (como sempre) para a Microsoft.