Mas
para ser um bom DBA e de fato fazer jus a todo esse glamour, não basta ser um
excelente técnico, certificado pelas empresas fornecedoras do produtos. Se
quiser ser um DBA de verdade, precisará também ter posturas, atitudes e ações
que farão realmente a diferença. Veja algumas delas:
- Trabalhe em empresas que processam altos volumes de dados: bancos, bolsas de valores, empresas de telefonia, de transporte, governo. Nessas empresas você poderá trabalhar com soluções robustas de armazenamento, performance, alta disponibilidade, e grid, além de conseguir perceber situações que somente acontecem nessas empresas, como por exemplo, não conseguir compilar objetos por causa da alta utilização concorrente.
- Tenha boa vontade. Por muitas vezes você será acionado para atender incidentes para os quais terá a certeza que não dizem respeito a banco de dados. Mesmo que tenha certeza, conecte-se e analise. Muitas vezes esses incidentes serão realmente de sua responsabilidade.
- Não
seja o "porteiro da boate". Como você é o administrador somente
você tem a capacidade de solucionar incidentes e solicitações de seus
colegas. Não faça o papel de "porteiro", privilegiando seus
amigos no trabalho e sua disponibilidade/vontade. Atenda todos igualmente.
- Aprenda a não viver de elogios. Uma área de suporte só é percebida quando acontecem falhas, assim como um goleiro de um time que só é percebido quando "toma um frango". Então não espere elogios quando tudo estiver bem, pois eles normalmente não vem (há exceções, é claro). Então, apesar disso, estruture-se e não deixe de trabalhar proativamente.
- Tenha
disposição. Ser DBA em grandes empresas e com grandes desafios implica em
se ter disposição para trabalhar em finais de semana, feriados,
madrugadas, ficar em regime de plantão (adeus à sessões de cinemas) ter
paciência para entrar em calls e entender os problemas. Então, haja disposição para ser DBA.
- Não seja religioso quanto a tecnologias, ou seja, não fique defendendo as tecnologias que porventura você prefira. A melhor tecnologia, ou o melhor banco de dados sera aquele melhor naquela oportunidade, ou seja, o de melhor custo ou de maior facilidade, ou de maior robustez de acordo com as necessidades daquele momento de sua empresa. Além disso, ficar religioso deixa você cego a novas possibilidades, tecnologias e funcionalidades.
- Não dê privilégios a desenvolvedores em ambientes de produção, que não os autorizados explicitamente (por algum documento que comprove a autorização) por algum responsável na empresa. Você terá mais trabalho controlando e atualizando as estruturas, mas com certeza terá menos problemas.
- Seja organizado. Não tem nada pior que um DBA "lambão"! Exercite o AD que existe em você. Se não existir esse AD, desenvolva-o. E esse desenvolvimento começa se organizando:
- Crie padrões para instalação dos bancos de dados (por exemplo, /oracle/app em todas os servidores Unix/Linux)
- Crie padrões de nomes dos bancos de dados (com sufixos PRD, TST e DSV de acordo com o ambiente, por exemplo), tablespaces, tabelas, índices, partições, roles e usuários, divulgue e cobre a utilização desses padrões
- Incentive a utilização de ferramentas Case e Modelos de Dados
- Não deixe arquivos no sistema operacional que já tenha removido do banco.
Depois dessa
lista enorme você ainda acredita que existe glamour em ser DBA?
Muito boa as dicas Fernanda. Não sou DBA ainda, qm sabe um dia, mas sou bem organizado e chato com padrões. Porém ao contrário da maioria dos especialistas da área gosto de desenvolver meus relacionamentos, eles fazem mto a diferença! Abs
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